Como o Pensamento Computacional auxilia no desenvolvimento da saúde mental 

No Pensamento Computacional, parte-se do conhecimento científico para desenvolver habilidades sociais do aluno, além da aplicação do método ativo de aprendizagem. Entender o mundo no qual vivemos é uma aplicação direta do Pensamento Computacional: por que não posso abrir uma imagem em um processador de áudio? Por que compartilho uma foto do meu celular para milhares de pessoas, mas ela também permanece no meu celular? Isso faz parte das habilidades sociais no âmbito acadêmico-científico que são exploradas na disciplina. Além disso, também são exploradas habilidades sociais de âmbito comportamental, como trabalho em grupo, assertividade, empatia, desenvoltura, entre outras.  

Mas como ela influencia a nossa saúde mental? Daniel Freitas, assessor pedagógico da Mind Makers, explica que, ao desenvolver o pensamento crítico e a habilidade de resolver problemas com calma e lógica, os estudantes precisam aprender a decompor problemas em partes menores a fim de identificar padrões, bem como aprender a fazer boas escolhas. 

Como o Pensamento Computacional auxilia na saúde mental dos alunos 

Daniel acredita que, sem dúvida, a saúde mental é uma das habilidades desenvolvidas dentro do Pensamento Computacional. “Tudo que envolve computação está atrelado a tentativa e erro, à decomposição de obstáculos. Portanto,  trata-se de  tentar, errar, analisar onde errou e tentar novamente. É um cenário em que lidar com a frustração já é parte do aprendizado.” 

Dentro das aulas de Pensamento Computacional da Mind Makers, sempre há o cuidado de olhar para a saúde mental do aluno, para que ele tenha a capacidade de resiliência e de análisar e resolver problemas, desenvolvendo competências para além da sala de aula. “Então, sem dúvida,  esta disciplina contribui para auxiliar na saúde mental dos estudantes, justamente na etapa em que isso é mais necessário e que é melhor absorvido, dentro das janelas de aprendizagem da adolescência.” explica Daniel. 

As cinco habilidades atreladas ao Pensamento Computacional 

  1. Decomposição 

Trata-se de quebrar problemas grandes e complexos em partes menores para poder resolvê-las uma a uma. Às vezes, não é possível resolver o problema como um todo e se torna muito mais fácil lidar com uma pequena área de cada vez.  

  1. Abstração 

Focar apenas nas informações que são importantes, ignorando ou deixando de lado detalhes que são irrelevantes no momento.  

  1. Reconhecimento de padrões 

Procurar semelhanças e características em como dentro de um determinado problema ou entre uma série de problemas. Entender padrões de repetição e utilizar soluções parecidas para enfrentar duas situações. 

  1. Pensamento algoritmo 

Desenvolver uma solução de forma sequencial, com um passo a passo e regras claras e objetivas que resolvam o problema proposto. Uma sequência de instruções lógicas que podem ser realizadas, seja por uma pessoa ou uma máquina. “Não é apenas dizer ‘faça um quadrado’, pois isso é uma informação ambígua. É preciso dizer em que direção desenhar, qual tamanho e proporção desse quadrado, com qual velocidade se mover. Dar instruções de forma lógica.” 

  1. Avaliação 

O ato de estar constantemente verificando se a solução obtida para o problema proposto é válida e correta. A tentativa e erro está diretamente ligada ao pensamento computacional, e, portanto, a abordagem analítica e lógica de problemas também, contribuindo diretamente para o desenvolvimento das crianças. 

Essas cinco habilidades, em conjunto, geram competências que vão além da sala de aula. “Todas são aplicáveis e replicadas em qualquer cenário dessa criança e desse adolescente, em qualquer área em que ele for atuar.  Não se trata apenas de entender o conteúdo científico e Acadêmico da Computação, mas também de, a partir deles, desenvolver habilidades para que essas crianças se desenvolvam plenamente.” 

A disciplina da Mind Makers 

Um padrão que se repete nas aulas de Pensamento Computacional da Mind Makers é o da apresentação de um desafio geral que precisa ser subdividido em pequenos trechos. Conforme cada trecho ganha forma, independentemente, para cada parte há uma solução e formas de as decompor em trechos ainda menores. No final, tem-se a resolução completa daquele grande problema, algo que não seria possível apenas olhando para ele como um todo. “Essa é uma habilidade essencial para a vida do aluno, mesmo fora das paredes da escola. Ele precisará analisar pequenas partes de um grande problema, resolvendo cada uma de forma independente”, diz o assessor pedagógico. 

Daniel afirma que, se uma escola pretende ensinar Computação na Educação Básica, existem recursos, e até mesmo portais de educação tecnológica, vinculados ao Ministério da Educação (MEC), além de plataformas com simuladores de código de programação que são abertos ao público. A escola pode selecionar exercícios dali ou pode também comprar eletrônicos educacionais, mas o grande diferencial da Mind Makers é a construção de um currículo estruturado desde a Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental. Em cada ano escolar, o aluno terá acesso a um conteúdo inédito do campo da Ciência da Computação e, conforme ele avança para os próximos anos dentro da vida acadêmica, seu conhecimento dentro da área é ampliado.  

Todo esse currículo está estruturado dentro de uma metodologia ativa de aprendizagem, o que, segundo ele, já é consenso dentro do cenário acadêmico: aprender fazendo potencializa em mais de 30% a retenção do conhecimento. “A gente chama isso de aprendizagem por descoberta: o aluno pode ver alguém manuseando um robô e construindo um algoritmo que faz o robô andar.  Mas ele só vai saber o que fazer para o robô funcionar quando ele próprio for desafiado a programar o robô e fazê-lo funcionar”. Em resumo, todo o currículo do Pensamento Computacional é criado para que as aulas sejam em metodologia ativa de aprendizagem, na qual o foco é o aluno e sua experiência. 

Compartilhar:

Conteúdos relacionados

Tecnologia nas escolas: benefícios para os estudantes hoje e no futuro
Soft skills: habilidades do século XXI
Educação disruptiva: o que é e como ela pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem

RECEBA A NOSSA NEWSLETTER