Empreender vai além de abrir uma empresa: está associado a habilidades socioemocionais cada vez mais exigidas no mercado de trabalho como resolução de problemas, liderança, trabalho em equipe e empatia. Mas de que maneira a escola incentivar o empreendedorismo nos estudantes?
Para a assessora pedagógica da Mind Makers, Luiza Helena Sudario Da Silva, empreender é muito mais do que ter um negócio. “É uma postura voltada para a ação e experimentação. É tirar uma ideia da cabeça e criar meios para fazer com que ela se torne realidade. Além disso, empreender é também um ato coletivo. Para fazer as coisas acontecerem, é preciso se conectar com o entorno e com a comunidade”, diz. “Já a criatividade é a potência de geração de alternativas. É saber olhar para uma situação e enxergar várias possibilidades de transformá-la.”
Esse é o conceito da disciplina Empreendedorismo Criativo, que pode ser inserida na grade curricular das escolas a partir do 9º ano do Fundamental ou da 1ª série do Ensino Médio. Luiza explica que os estudantes precisam aprender a lidar com os desafios do mundo atual, caracterizado por um alto nível de incerteza e complexidade. “Estamos preparando as novas gerações para viverem em uma realidade marcada por um permanente estado de mudança, em que o futuro é incerto, os problemas são de difícil resolução e boa parte das perguntas que fazemos remete a um conjunto variável de respostas.”
A proposta da disciplina Empreendedorismo Criativo é estimular a formação e o desenvolvimento humano global dos estudantes, para que sejam capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária, e para que estejam preparados para as mudanças do futuro.
Durante as aulas, os estudantes ampliarão a capacidade de lidar com pensamento crítico, criatividade, sensibilidade cultural, diversidade, comunicação, tecnologias e cultura digital, projeto de vida, argumentação, autoconhecimento, autocuidado, emoções, empatia, colaboração, autonomia, ética, diversidade, responsabilidade, consciência socioambiental e cidadania, entre outros aspectos importantes para a vida no século 21.