Quem é da área da educação sabe que esse âmbito tem passado por diversas transformações nas últimas décadas, e uma das abordagens mais discutidas e aplicadas é a metodologia construtivista.
Longe de ser apenas um nome bonito, ela propõe uma mudança profunda na forma de ensinar e aprender, como também na grade curricular: o aluno deixa de ser um simples receptor de informações e passa a ser o protagonista do seu processo de aprendizagem.
Neste artigo da Mind Makers você conhece o que é o construtivismo e como ele se aplica no dia a dia escolar.
Como é a metodologia construtivista?
A metodologia construtivista entende que o conhecimento não é transmitido pronto pelo professor, mas construído ativamente pelo aluno, a partir de suas experiências, questionamentos e interação com o mundo.
Segundo Piaget, principal representante da psicologia da aprendizagem, o aprendizado ocorre por meio da exploração, do erro e da reflexão, e não da simples repetição de conteúdos.
O professor, nesse modelo, atua como um mediador, ou seja, ele cria situações-problema, estimula o pensamento crítico e acompanha o desenvolvimento de cada aluno, respeitando seu tempo e suas descobertas.
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Como seria uma aula construtivista?
Em uma aula construtivista, segundo especialistas, o ponto de partida não é o conteúdo em si, mas uma situação real, um problema ou uma pergunta que desperte a curiosidade dos alunos. A partir daí, eles são convidados a investigar, pesquisar, discutir em grupo e propor soluções.
Por exemplo, em vez de simplesmente explicar as operações matemáticas, o professor pode propor que os alunos organizem uma feira de troca na escola e calculem os valores dos objetos. Interessante, não é mesmo?
A aprendizagem acontece de forma mais significativa porque está conectada à realidade dos estudantes. Como ressalta a Revista Educação, o construtivismo “coloca o aluno como autor do seu saber, integrando razão e experiência”.
Como funciona na escola?
Na prática escolar, a metodologia construtivista se reflete em projetos interdisciplinares, avaliação formativa, espaços colaborativos e ambientes que valorizam o erro como parte do aprendizado. Não há uma rigidez de apostilas ou provas tradicionais como único caminho de avaliação; em vez disso, o foco está no desenvolvimento de competências e habilidades.
A escola que adota esse modelo precisa estar preparada para dar autonomia aos alunos e investir em formação constante dos professores. A relação com as famílias também muda: elas são chamadas a participar ativamente do processo, acompanhando o crescimento dos filhos além das notas.
O que você acha dessa metodologia? Muitos especialistas afirmam que essa é uma mudança cultural e pedagógica que transforma o ambiente de ensino em um espaço mais humano e participativo.
Qual o papel do professor no construtivismo?
De acordo com estudiosos, no construtivismo, o papel do professor é o de mediador e facilitador da aprendizagem, e não o de simples transmissor de conteúdos.
O educador deve criar situações em que os alunos possam construir seu próprio conhecimento por meio da investigação, experimentação, troca de ideias e reflexão.
Segundo Jean Piaget, um dos principais teóricos do construtivismo, “a aprendizagem ocorre quando há desequilíbrio e o aluno precisa reorganizar seu conhecimento para resolver uma situação”.
Nesse contexto, o professor deve propor desafios significativos, escutar ativamente os alunos, valorizar seus conhecimentos prévios e incentivar o pensamento crítico. Ele guia o processo, mas respeita o tempo e as descobertas individuais de cada estudante.

Qual a diferença do ensino tradicional para o construtivista?
No ensino tradicional, o professor é o centro da aula, ou seja, ele transmite os conteúdos prontos, e o aluno tem um papel mais passivo, de ouvinte e memorizador. O foco está na repetição, nas provas e na assimilação de conteúdos de forma padronizada.
Já no ensino construtivista, o aluno é o protagonista da própria aprendizagem. Ele aprende fazendo, investigando, questionando e construindo significados com base em suas experiências e interações. O professor, por sua vez, é um mediador que estimula o pensamento crítico e oferece suporte para que o aluno chegue às próprias conclusões.
Quais são os princípios do construtivismo?
O construtivismo, segundo estudiosos, se apoia em alguns pilares fundamentais. Um dos principais é a ideia de que o conhecimento é construído ativamente pelo sujeito, e não transmitido de forma passiva.
Outro princípio é a valorização do erro como parte do processo de aprendizagem, pois é por meio dele que o aluno reflete, ajusta suas ideias e avança.
Além disso, o construtivismo valoriza o contexto social e cultural do aluno, ou seja, considera que aprender é também interagir com o outro, trocar ideias, experimentar e reinterpretar o mundo.
Leia a seguir: Ensino espiral: o guia desse método para aplicar.
Quais são as vantagens da metodologia construtivista?
Entre as principais vantagens da metodologia construtivista está o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade pelo próprio aprendizado.
Os alunos aprendem a buscar respostas, a trabalhar em equipe, a argumentar e a refletir sobre seus erros, o que fortalece a construção de competências essenciais para o século XXI.
Outra grande vantagem é o aumento do engajamento e da motivação dos alunos. Ao se sentirem protagonistas, eles participam com mais entusiasmo das aulas e desenvolvem uma relação mais positiva com o conhecimento.
Conheça a Mind Makers
A Mind Makers é um excelente exemplo de organização que acredita no potencial transformador de metodologias ativas e construtivistas. Conheça a nossa metodologia aqui.
Com foco em cultura digital, pensamento computacional e protagonismo infantil, a editora educacional aplica princípios do construtivismo para formar crianças e adolescentes mais criativos, éticos e preparados para o futuro.
Por fim, a Mind Makers aposta em um modelo educacional inovador, conectado com as reais demandas do século XXI, e que coloca o aluno no centro de sua própria jornada de aprendizagem.
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