Com aulas práticas e dinâmicas, a disciplina Empreendedorismo Criativo tem como objetivo principal preparar os alunos para que tenham uma postura voltada para ação sendo protagonistas diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e imprevisível.
Na disciplina, dividida em três fases, os estudantes aprendem que todos podem ser empreendedores e criativos. “Quando se tem um desejo e o coloca em ação, com os recursos que se tem no momento, você já está empreendendo. E tudo isso é feito utilizando a criatividade para gerar ideias, alternativas e soluções para o que se quer empreender.” explica Luiza Helena Sudário da Silva, assessora pedagógica da Mind Makers.
Desde o 9º ano do Ensino Fundamental até o último ano do Ensino Médio, os alunos da Mind Makers trabalham o pensamento científico, crítico e criativo, além de habilidades como a comunicação, o autoconhecimento, a empatia e a colaboração. O estudante é auxiliado a lidar com suas emoções, sua responsabilidade, autonomia e atuação profissional, e incentivado a reconhecer suas aptidões, potenciais e desafios.
Confira as três etapas do Empreendedorismo Criativo no processo de ensino-aprendizagem, para os alunos:
Etapa 1 – Conhecimento e Estímulo da criatividade humana
“Entendemos que a criatividade é como um músculo. E, para se desenvolver, ele precisa ser nutrido e fortalecido com treino, esforço e prática. “É sobre tentativa e erro.” explica Luiza. Essa primeira parte da disciplina trabalha a habilidade de gerar alternativas, mudar perspectivas e enxergar o mundo de formas diferentes, perdendo o medo de experimentar e imaginar.
Nesse momento, são trabalhadas habilidades conforme a Base Nacional Comum Curricular, como reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências presenciais; questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas. Fora estas, também são abordados o medo de errar, de arriscar”, diz Luiza.
Ela explica uma das atividades que são propostas para os alunos, chamada O Desafio das Maçãs. “Os alunos vão usar bastante o brainstorming ou “toró de ideias” para realizar a dinâmica. Eles serão divididos em grupos de 5 pessoas e cada participante, um por vez, deve desenhar uma maçã diferente dos desenhos que já foram feitos pelos colegas do grupo. Ao final de 8 minutos eles terão 30 figuras diferentes de uma maçã.”
É preciso concluir esta etapa para avançar para a próxima, e o jovem passa à etapa 2 tendo desbloqueado a confiança criativa e se reconhecendo como ser transformador, capaz de criar alternativas, modificar ou adaptar ideias para desenvolver um projeto.
Etapa 2 – Desenvolvimento da empatia e execução de projetos
Durante todas as etapas do Empreendedorismo Criativo, a importância da empatia é abordada como essencial para a formação de um bom empreendedor. É possível trazer esse olhar para o outro em vários contextos, por exemplo, conhecendo e entendendo melhor o cliente da empresa que o aluno deseja montar ou compreendendo melhor seu colega de trabalho, de faculdade, seus amigos e familiares.
A empatia é a capacidade do ser humano de conseguir enxergar os problemas de alguém, pelas lentes da própria pessoa. É se colocar no lugar do outro, como um primeiro passo para aceitar, entender ou reconhecer o sofrimento de alguém. E, para isso, é preciso que o aluno se conecte consigo, com os demais e com o universo para além da escola.
Além disso, é a partir da etapa 2 que os alunos começam a aprender como executar projetos. Esse tipo de abordagem permite ao aluno desenvolver competências socioemocionais indispensáveis para o futuro como criatividade, resolução de problemas, trabalho em equipe, estímulo ao aspecto motivacional, além de autonomia na aprendizagem e senso crítico. A resolução de problemas pode auxiliar no comportamento diante de situações, desenvolvendo inteligência cognitiva e emocional. “Mostramos para os alunos que focar em conhecer o problema, em vez de primeiramente focar na solução dele, traz um conhecimento do todo e, assim, a solução flui com mais facilidade.” explica Luiza.
Etapa 3 – Realização de projetos
A última etapa marca as realizações dos projetos iniciados na anterior. Os alunos podem fazer a apresentação, a ideação e a prototipação dos projetos, e mesmo usar a Inteligência Artificial para esse desenvolvimento. Eles também recebem acesso no material a todas as ferramentas de auxílio para cada projeto a ser desenvolvido,porém, como a proposta do Empreendedorismo Criativo é que os alunos tirem as ideias do papel, eles precisam entregar toda a execução do projeto pensado por eles.
Como exemplo, Luiza cita um projeto de final de módulo denominado Festival dos Sonhos. “Os alunos montarão um festival, pensando na experiência do cliente, com um tema a ser escolhido por eles e tudo que for arrecadado deverá ser destinado para uma ação social.” Como exemplos de projetos realizados por alunos de escolas parceiras. ela conta que o dinheiro arrecadado já foi utilizado para reformas dentro da própria escola, doado para instituições, como a construção de um espaço de fisioterapia em um asilo da cidade e para compra de ração e medicamentos para uma ONG de animais.
A disciplina também aplica ferramentas aprendidas ao longo dos outros módulos, usando de um problema de escala local, ou global os alunos passarão por todas as etapas de projetos já vivenciadas com o objetivo de desenvolver um produto digital. Focando no desenvolvimento de competências, como a cultura digital, e passando por todas as trabalhadas em outros módulos, os projetos serão criados de forma ágil, usando metodologias conceituadas do Design e sendo aplicáveis a empreendimentos de qualquer dimensão. Além de expandir o conhecimento, o aluno ganha a experiência de aplicá-lo em projetos próprios, aproximando-se do universo de negócios digitais.
Ao chegar ao último módulo da disciplina, os estudantes conhecem melhor a realidade de abrir um negócio e do universo empresarial, sendo estimulados a pensar no futuro e em como eles poderão aplicar todas as ferramentas e os conhecimentos experimentados até então. São trabalhadas habilidades como a autonomia e a capacidade de adaptação, afinal, vivendo em um ambiente de tanta complexidade e incerteza, é preciso que o indivíduo seja capaz de se adaptar e se atualizar constantemente.