Ao incentivar a experimentação, o pensamento crítico e a resolução de problemas, a abordagem “mão na massa” estimula o desenvolvimento das habilidades previstas no documento
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um marco na educação brasileira. Ela traz diretrizes claras para o desenvolvimento de competências essenciais para os alunos do ensino básico. No documento, competência é definida como a mobilização de conhecimentos, habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Neste contexto, a cultura maker surge como uma abordagem inovadora para estimular o aprendizado por meio da prática, incentivando a experimentação, o desenvolvimento do pensamento crítico e a resolução de problemas.
O ensino maker promove uma aprendizagem ativa, na qual os alunos são motivados a “colocar a mão na massa” e explorar seu potencial criativo. A seguir, vamos abordar as competências da BNCC, a importância de integrar a cultura maker ao currículo e como essa abordagem contribui para o desenvolvimento integral dos alunos.
O que é a BNCC e quais são suas competências
A BNCC é uma referência curricular que visa estabelecer o que todos os alunos devem aprender ao longo da educação básica, incluindo a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Instituída pelo Ministério da Educação (MEC), ela busca promover uma educação de qualidade e equitativa em todo o Brasil.
As 10 competências gerais propostas pela BNCC são:
- Conhecimento: valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
- Pensamento científico, crítico e criativo: exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
- Repertório cultural: valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
- Comunicação: utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
- Cultura digital: compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
- Trabalho e projeto de vida: valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
- Argumentação: argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
- Autoconhecimento e autocuidado: conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
- Empatia e cooperação: exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Responsabilidade e cidadania: agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
O que é cultura maker e quais as suas vantagens
A cultura maker, também conhecida como “faça você mesmo” (do inglês do it yourself ou DIY), é uma metodologia educacional baseada na ideia de aprender fazendo. Em um espaço maker, os alunos são incentivados a experimentar, construir e solucionar problemas reais. Isso estimula a criatividade, a inovação e a aprendizagem colaborativa, atributos essenciais para o desenvolvimento das competências da BNCC.
Integrar a cultura maker ao currículo escolar representa uma oportunidade de tornar o aprendizado mais ativo. Diferentemente do ensino tradicional, em que o aluno assume uma postura mais passiva, o ensino maker coloca o estudante como protagonista do seu processo de aprendizado. Ele explora, cria e descobre soluções, o que enriquece sua experiência de aprendizagem e desenvolve as competências previstas na BNCC.
Alguns dos principais benefícios da cultura maker nas escolas são:
- Habilidades práticas: os alunos têm a chance de construir, testar e ajustar projetos, o que os ajuda a entender conceitos teóricos de maneira prática e enriquece a compreensão e a retenção de conhecimentos.
- Pensamento crítico e criativo: a cultura maker incentiva os alunos a explorar diferentes maneiras de resolver problemas. Eles são motivados a pensar “fora da caixa”, desenvolvendo habilidades para identificar soluções criativas e inovadoras para os desafios propostos.
- Engajamento: ao participar de atividades práticas e criativas, os alunos se sentem mais motivados e interessados, o que transforma o ensino em uma experiência prazerosa.
- Trabalho em equipe e comunicação: atividades maker geralmente exigem trabalho colaborativo, em que os alunos precisam discutir ideias, dividir tarefas e tomar decisões em grupo.
- Preparo para o mercado de trabalho e o mundo digital: a cultura maker ajuda os alunos a adquirir competências digitais essenciais, como programação, eletrônica e robótica, alinhadas às demandas profissionais atuais.
Qual a relação entre cultura maker e BNCC?
A cultura maker e a BNCC têm uma conexão direta, pois ambas buscam uma educação que prepare o aluno para a vida em sociedade, desenvolvendo habilidades essenciais para a era digital e para os novos desafios do século XXI.
A BNCC, com suas competências gerais, prioriza a formação integral dos estudantes, enquanto a cultura maker é uma metodologia que possibilita essa formação ao oferecer um ambiente que estimula o aprendizado prático e interdisciplinar.
Por exemplo, em atividades que envolvem robótica, os alunos são desafiados a desenvolver o pensamento científico, a resolução de problemas e o uso responsável de tecnologias. Ao criar e programar robôs, eles aplicam conceitos de ciências e matemática, enquanto desenvolvem habilidades de comunicação e colaboração.
Além disso, projetos que envolvem a criação de objetos com materiais recicláveis ou a construção de soluções sustentáveis ajudam a desenvolver a consciência ambiental. Essas atividades estimulam o respeito ao meio ambiente e o consumo consciente, além de proporcionar a prática de habilidades manuais e criatividade.
A cultura maker também permite que conceitos de física, química e biologia sejam aplicados em experimentos práticos. Com isso, os alunos desenvolvem a capacidade de investigar e testar hipóteses, alinhando-se à competência de pensamento científico.
Como a Mind Makers contribui para o desenvolvimento das competências da BNCC
A Mind Makers é uma solução educacional que oferece metodologias e cursos inovadores, que trabalham as competências exigidas pela BNCC. O objetivo é desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais nos alunos, como liderança, colaboração, persistência e empatia, para prepará-los para os desafios acadêmicos e profissionais do presente e do futuro.
A disciplina Pensamento Computacional apresenta fundamentos da Ciência da Computação para alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Os estudantes aplicam tecnologias digitais como programação, robótica, eletrônica digital, internet das coisas, inteligência artificial e práticas maker para solucionar problemas interdisciplinares.
Já a disciplina Empreendedorismo criativo pode ser inserida a partir 9º ano do Fundamental ou 1ª série do Ensino Médio. Os alunos aprendem a empreender criando projetos reais para solucionar problemas da escola e da sociedade, impactando positivamente seu entorno. Ambas utilizam metodologias ativas de ensino e aprendizagem e gamificação, estimulando o protagonismo dos estudantes.
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